Espiga. O ramo é composto por trigo, margaridas, papoilas e, por vezes, ramos de oliveira.
O Espiga é a tradição popular e pagã do Dia da Ascensão. Os católicos celebram o último encontro de Jesus com os seus apóstolos.
Em Portugal este dia não é feriado, mas a tradição do ramo de flores, ou “Espiga”, continua viva. Mesmo na cidade.
Não se surpreenda de encontrar muitos vendedores de rua oferecendo estes ramos efémeros que marcam o início da época de Verão.
De acordo com a tradição, o Espiga é escolhido na manhã da subida.
Contudo acrescenta-se por vezes um ramo de rosmaninho e um ramo de vinha.
Segundo a tradição, o Espiga é escolhido na quinta-feira da Ascensão em Portugal. Pão, amor, paz, alegria e saúde são os símbolos associados a cada uma das plantas do campo.
O Espiga tem a função de trazer boa sorte e prosperidade.
O ramo de flores era colocado atrás da porta e só podia ser retirado no ano seguinte com o novo ramo de flores.
Canções, danças e passeios no campo – para colher as flores – foram outrora os ritos que marcaram este dia em particular. O objectivo era garantir que a bela estação fosse generosa e as colheitas abundantes.
Tanto quanto sabemos, as origens pagãs da Espiga da tradição portuguesa são reais. Já no século IV a igreja estabeleceu um feriado por ocasião da subida, chamado “dia da hora”. Isto é porque durante uma hora ao meio-dia tudo tinha de parar. Desde então, este feriado foi abolido.
Mantém-se a tradição, a oferta de um bonito ramo de flores como sinal de esperança e abundância.
Algumas vilas e aldeias, especialmente no Ribatejo (nas margens do Tejo, no centro) e também no Algarve, como Salir e Loulé, organizam festividades para celebrar a Espiga.
http://www.cm-loule.pt/pt/agenda/16399/festa-da-espiga-2019.aspx#.XOVlcsrvGzI.facebook