Margem Sul do Tejo. Para descobrir com a Maguy Nunes.
Maguy Nunes vive em Lisboa há três décadas. Formada como técnica de laboratório, a Maguy conseguiu uma reconversão que lhe assenta como uma luva. Ela criou LoveLisbon que oferece visitas de tuk-tuk ou de carro de Cacilhas. Desde o cais de embarque, a Maguy cuida de tudo com maestria.
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Cacilhas, o outro porto de origem.
Apanhar o ferry do Cais do Sodré para Cacilhas é uma prenda a oferecer-se. Afinal, alguns euros para ver Lisboa de uma forma diferente, a majestosa Ponte 25 de Abril e o Cristo Rei, vale mesmo o desvio.
Afinal de contas, Cacilhas não fica nem longe nem perto. E essa é uma das vantagens de visitar este antigo porto de carga que serve Lisboa. Cacilhas manteve finalmente muitas das características do antigo porto de Almada: um cais ao lado de armazéns em ruínas, caminhos de corsários para subir até à antiga cidade de Almada e a Casa da Cerca.
A Casa da Cerca é um antigo Solar (palácio de Verão) do final do século XVII ou início do século XVIII. Hoje em dia, é um centro de arte contemporânea. Os seus jardins e a sua vista deslumbrante sobre Lisboa tornam a Casa da Cerca uma visita obrigatória para uma visita guiada na margem sul.
Cacilhas um cais de embarque em movimento perpétuo
Os ferries ligam Lisboa e Cacilhas de manhã à noite, com uma curta interrupção nocturna. No cais de embarque, uma pausa no quiosque “Dá Cá Cilhas” impõe-se. O tempo de ouvir contar a história de um farol que queria ver o mundo.
A velha aldeia de pescadores e mercadores ainda preserva algumas casas elegantes e lindamente restauradas. Os restaurantes cujas esplanadas transbordam para a rua oferecem o orgulho local: é peixe, peixe e mais peixe.
No entanto, esta não é a única especialidade. Não podemos esquecer o marisco.
A livraria-café “A meia volta de Úrano”, na rua principal de Cacilhas, é um dos lugares preferidos da Maguy.
O Cristo Rei
Ele domina Lisboa. Construído a partir de 1949, o Cristo Rei é a contra-parte do Cristo do Corcovado no Brasil, ao qual é virado.
Com o seu pedestal, a estátua tem uma altura de 113 metros. E o monumento está erigido sobre uma colina a 133 metros acima do rio Tejo.
É por isso que a vista sobre o estuário do Tejo é magnífica. O rio corre para o Oceano Atlântico no Farol do Bugio, que pode ser visto a oeste. E a leste, a vista de Lisboa, a Ponte Vasco de Gama e o Seixal é de cortar a respiração.
No lado sul, pode admirar a Serra da Arrabida. Finalmente, uma vista deslumbrante sobre a Ponte 25 de Abril.
Um elevador permite o acesso ao pé da estátua.
Xávega. A pesca tradicional com rede.
A pesca artesanal da Xávega é feita na praia. No passado, os homens saíam do barco para lançar a rede de cerco ao mar, que depois era puxada por bois sobre a areia.
A técnica não mudou, ou quase não mudou. Contudo, hoje em dia são os tractores que arrastam o peixe para a praia. Mas as redes têm de ser bem esticadas para garantir uma boa captura. A maior parte do trabalho ainda continua a ser feita pela força dos braços.
Como dita a tradição, imediatamente na areia, o peixe é separado e vendido aos clientes à espera. Os restauradores regulares reservam a melhor parte para si próprios: peixe mais fresco é impossível encontrar.
É por isso que os espectadores terão de se contentar com o que sobra. Mas há sempre um bom guisado para levar para casa.
No entanto, se sobrar alguma coisa, o mestre pescador poderá vender o seu peixe de via voz no porto.
A pesca artesanal da Xávega é autorizada em várias praias da costa atlântica, particularmente a central. Muito antiga, é no entanto regulamentada desde o ano 2000.
A palavra xávega vem do árabe xábaca. Este estilo de pesca é praticado na Espanha, Málaga mas também em Marrocos e na Mauritânia.
Lovelisbonne
As visitas são organizadas tanto em Lisboa como em Cacilhas.
Os tornos são flexíveis, a pedido.
Para Cacilhas contar meio dia. Preços à la carte e de acordo com o número de pessoas (a travessia do Tejo não está incluída).